Ouroboros

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De novo, e de novo, e novamente, e mais uma vez...




E tudo de repente me aparenta ser o mesmo , o de sempre, o igual.
É aquela velha história do rato girando em sua roda. Em que passa pelo mesmo ponto e pensa que pode ser diferente só porque mudaram sua gaiola de posição. Mas é exatamente aquele ponto, no mesmíssimo lugar e naquela mesma roda que gira e gira, e não chega a lugar algum.
A sede de querer o mais adentra . Eu cedo.
Para viver eu preciso mudar
Como um ciclo.

Cética, eu?

Costumo não obter nenhuma certeza a respeito de uma verdade. Porque tenho ânsia de questionar e isso vem de dentro, não sai de mim. Por em dúvida verdades estabelecidas me aguça, não tem jeito.

Apesar do mundo aparentar parcialidade para mim, pois sempre me leva a questionar e não acreditar em muita coisa, acho que está na hora de crer em algumas delas. Basicamente sobre mim mesma.

Questiono-me, mais uma vez, como isso tudo se aplicaria em relação as minhas atitudes e personalidade.
O que verdadeiramente me faria obter um estado de convencimento o bastante para acreditar nas pessoas, por exemplo?

Racionalizo antes de sair distribuindo sorrisos por aí, mais ainda antes de considerar alguém amigo. Tenho um certo receio e uma inquietante dúvida a respeito de até que ponto atinge o grau de cinismo e maldade humana.
Junto a essa questão metafísica, me vem aquela puta percepção das coisas. O que faz com que tudo fique mais difícil para mim.

Mas já faz alguns dias que estou sentindo a necessidade de pôr o que seria aquele meu pé atrás, agora à frente de tudo.
Estou disposta e dando minha cara a tapa a acreditar, sem medo, cada dia mais e mais...