sábado, 29 de agosto de 2009

Da tentativa ao acaso

"Tudo é ousado para quem a nada se atreve"


Porque quanto maior o obstáculo, maior a glória de superá-lo...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Corpo são, mente insana

Quando tento lutar contra os meus medos e anseios me sinto prestes a explodir. Sinto um sufoco, e uma vontade de gritar pra ver se passa. Quero ser maior para dominar todos eles, mas vem a vida pra me mostrar "quem manda aqui sou eu".
A vida é minha, mas é como se eu não mandasse no trajeto.
Isso me frusta, a vontade que dá é dizer todas as coisas que não são ditas, de mostrar lados que nunca se mostra e ver quem tem coragem de ainda permanecer perto de mim. Eu mesma me assombro com essa sensação iminente de estar um perigo. Eu, perigo pra mim mesma apenas.
Inquietação ou apenas fardo, eu me examino nessas situações, me provo, mas não aos outros, eu mesma. Minha vida.
Nessas horas eu tento aprender a me compreender, buscar meu equilíbrio. Mas não é fácil quando se pensa demais.



terça-feira, 25 de agosto de 2009

Desnuda

Assumo meu lado humano e frágil.
Definitivamente não faço parte do grupo de plástico que vende felicidade e perfeição.
Não vivo no faz de conta que o mundo é perfeito. E sinto muito se não aprendi a fingir o bastante, é que eu sinto tudo, mas tem horas que não sinto nada.
Me atormenta perceber a verdade nesse mundo de anestesiados.
Mas admito preferir o suplício que aderir a um comportamento superficial.
Seria como obter felicidade de um modo sintético, como tomar a pílula da alegria. Entrega, entregue. Sem sentir o que há de melhor.
Não me desfaço de mim.

Assim como qualquer outro, tenho os meus receios incessantes. Mas que por sorte, também conto com delícias incessantes.


Seu
Torpor
Meu

domingo, 16 de agosto de 2009

O analista

"Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna delicada. Acho que sou promíscua, doutor Lopes. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também. Prepare-se para uma terapia de grupo."
― Não hexita Mercedes ao alertar o terapeuta.




Uma vida boa, estável e sem grandes emoções. Poderia ser perfeito se bastasse. Mas ela não contava com a ânsia, aquela que não pede, mas manda. Nos devora.
Por que queremos experiências devassaladoras? Teimamos em sentir cede de intensidade?
Quando parece que tudo está bem, o mesmo incomoda, a quietude apavora e a vontade de se sentir viva nos toma.
É o querer sempre mudar. O entrar de uma montanha-russa é tentador demais.
Talvez a previsibilidade seja o começo da morte em vida. E isso me faz não conseguir julgar. O mesmo definitivamente também muito me incomoda.
A intensidade vicia, tem forma, cheiro e sabor. Decide ou nos deixa confusa para qual rumo tomar.
Estou disposta a ir não sei aonde, não sei como, para sentir o algo a mais, o sentir viva.
Sentir a dor e a alegria, o tapa e o beijo, a sanidade e a insensatez de se estar viva.